Por Fredrik Dahl
VIENA, 28 Ago (Reuters) – O Irã instalou cerca de 1.000 centrífugas avançadas de enriquecimento de urânio e vai testá-las, mostrou um relatório nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), um evento que deve preocupar as capitais ocidentais que esperam por uma mudança de curso sob o novo presidente do país.
O relatório trimestral da Agência Internacional de Energia Atômica –o primeiro desde que o relativamente moderado Hassan Rouhani venceu a eleição presidencial iraniana em junho– também disse que o Estado islâmico tinha começado a reunir combustível para um reator que o Ocidente teme que possa produzir material para uma bomba nuclear. O Irã nega tal meta.
Por outro lado, no que pode dar alívio para as potências mundiais que buscam um acordo pacífico na disputa com o Irã que já dura dez anos, a planejada preparação do reator Arak foi adiada para o ano que vem, disse a AIEA.
Além disso, o estoque nuclear mais delicado do Irã aumentou pouco –permanecendo abaixo da “linha vermelha” traçada por seu arqui-inimigo Israel e que poderia provocar uma ação militar– desde o último relatório da AIEA em maio. A possível contenção do Irã aqui poderia servir para ganhar tempo para mais negociações com as seis potências mundiais.
O crescimento na reserva de gás de urânio refinado a 20 por cento do Irã foi contido enquanto o país intensificava a conversão do material em óxido para produzir combustível para um reator de pesquisa médica em Teerã. O estoque de 186 kg se compara com os 240 a 250 kg que os especialistas dizem ser necessário para uma bomba se refinado ainda mais.
O relatório ainda mostrou o Irã avançando em seu programa nuclear em uma época em que o mundo exterior está esperando para ver se Rouhani vai aumentar a transparência e reduzir o confronto em suas relações exteriores, como prometeu.
No entanto, enviados acreditados junto à AIEA advertiram contra uma interpretação excessiva do último relatório dos inspetores, já que ele trata de acontecimentos realizados antes de Rouhani assumir, em agosto, sucedendo o linha-dura conservador Mahmoud Ahmadinejad.
O Irã diz que seu programa de energia nuclear é para gerar eletricidade e para uso médico apenas. Rejeitou as acusações do Ocidente de que está tentando desenvolver a capacidade de produzir bombas nucleares, apesar de ter ocultado as atividades delicadas dos inspetores de não-proliferação da ONU no passado.
Em separado, a AIEA anunciou uma retomada em 27 de setembro das conversas com o Irã sobre como fazê-lo cooperar com um inquérito da agência sobre “possíveis dimensões militares” de seu trabalho nuclear. Já houve 10 rodadas infrutíferas de conversas desde o início de 2012, mas a próxima sessão será a primeira com Rouhani no posto.
Obtido pela Reuters na quarta-feira, o relatório da AIEA disse que o Irã tinha instalado completamente um total de 1.008 centrífugas de nova geração no complexo subterrâneo de Natanz e estava planejando testar a performance delas antes de abastecê-las com urânio.
Irã expande capacidade avançada de enriquecimento de urânio, diz AIEA
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