Thursday, August 29, 2013

Fantasmas da guerra do Iraque obrigam Grã-Bretanha a adiar ataque à Síria

Fantasmas da guerra do Iraque obrigam Grã-Bretanha a adiar ataque à Síria



Por Guy Faulconbridge e Andrew Osborn


LONDRES, 29 Ago (Reuters) – Os planos do primeiro-ministro David Cameron de se unir a um ataque militar iminente contra a Síria estavam em desordem nesta quinta-feira, depois de uma revolta de parlamentares que o advertiram a prestar atenção “às lições do Iraque”.


Depois de implorar ao mundo para não ficar de braços cruzados diante do suposto uso de armas químicas da Síria, Cameron foi forçado a um recuo constrangedor na quarta-feira quando o partido Trabalhista, da oposição, assim como parlamentares de seu próprio partido Conservador disseram que queriam mais provas antes de votarem em uma ação militar.


Na quinta-feira o governo de Cameron publicou um parecer jurídico que mostrava que era legalmente autorizado a agir militarmente contra a Síria mesmo se o Conselho de Segurança das Nações Unidas não aprovasse tal ação.


Também publicou material de inteligência sobre o ataque com armas químicas de 21 de agosto na guerra civil da Síria, dizendo que não havia dúvidas de que ele tinha ocorrido e que era “altamente provável” que as forças do governo sírio eram responsáveis. O ataque com gás que afeta o sistema nervoso matou centenas de civis em um subúrbio de Damasco.


Não estava claro como o fracasso de Cameron em dominar a política interna britânica poderia afetar os planos norte-americanos e franceses de um ataque rápido com mísseis cruzados contra a Síria – cujo governo negou ter usado armas químicas contra seus cidadãos – ou qual seria o impacto na posição de Cameron em Washington.


Assessores disseram que ele não falou com o presidente norte-americano, Barack Obama, depois de sofrer o revés parlamentar, mas que houve contatos regulares em outros níveis. Atrapalhando as ações de Cameron está a memória de eventos ocorridos há uma década, quando a Grã-Bretanha ajudou os Estados Unidos a invadir o Iraque depois de garantias – erradas, como se viu mais tarde – de que o presidente Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa.


“Estou profundamente consciente das lições dos conflitos anteriores, e em particular das profundas preocupações no país provocadas pelo que saiu errado com o conflito no Iraque em 2003″, disse Cameron ao Parlamento na quinta-feira, durante um debate sobre a Síria.


“Uma coisa é indiscutível: o bem da opinião pública foi verdadeiramente enevenenado pelo episódio do Iraque e precisamos entender o ceticismo público”.


Já envolvida no Afeganistão, a Grã-Bretanha foi então sugada para um segundo atoleiro no Iraque, perdendo 179 soldados em oito anos de ataques militantes e conflito sectário que se seguiram à invasão anglo-americana de 2003 que derrubou Saddam Hussein.




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