Por Jeff Mason e Daniel Flynn
DACAR, 27 Jun (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciando uma esperada turnê africana, enalteceu a decisão da Suprema Corte dos EUA sobre o casamento gay como uma vitória para a democracia, e pediu às nações africanas que terminassem com a discriminação contra homossexuais.
Em sua segunda visita à África desde que assumiu o poder, Obama elogiou o avanço da democracia ali e disse que estava buscando maneiras de ampliar o acordo de livre comércio AGOA, que deve expirar em 2015, para criar mais empregos no continente mais pobre do mundo.
“Vejo que este é um momento de grande promessa para o continente”, disse Obama em uma coletiva de imprensa na capital do Senegal, Dacar. “Vezes demais o mundo não percebe o incrível progresso que a África está fazendo, inclusive progresso no reforço à democracia”.
Ao lado do presidente do Senegal, Macky Sall, Obama disse que o tratamento a lésbicas e gays na África continuava “polêmico”. A homossexualidade é ilegal no Senegal, país muçulmano.
A decisão da Suprema Corte dos EUA na quarta-feira, anunciada quando Obama viajava ao Senegal a bordo do Air Force One, torna homens e mulheres gays aptos a benefícios federais, derrubando parte do Ato de Defesa do Casamento de 1996.
“Foi uma vitória para a democracia americana”, disse Obama. “Nas raízes de quem somos como pessoa, de quem somos como americanos, está o preceito básico de que somos todos iguais perante a lei.”
O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional pediu a Obama que use sua viagem à África para falar contra as ameaças a gays e lésbicas que disse estarem chegando a níveis perigosos no continente.
A conduta homossexual consensual é um crime em 38 países na África subsaariana, e alguns buscam aprovar novas leis que aumentem as penalidades existentes, disse a Anistia.
Enquanto expressava respeito pela diversidade de culturas e religiões na África, Obama –o primeiro presidente negro dos Estados Unidos– pediu medidas para tornar os homossexuais iguais perante a lei. Ele comparou os direitos gays na África às lutas raciais nos Estados Unidos.
“Quando se trata de como o Estado trata as pessoas, como a lei trata as pessoas, acredito que todos devam ser tratados igualmente”, disse Obama, embora tenha acrescentado que não discutiu isso especificamente com Sall.
Sall, que foi eleito no ano passado na mais antiga democracia da África ocidental, disse que não havia perseguição de gays no Senegal.
“Não somos homofóbicos”, ele disse. “O Senegal é um país que respeita as liberdades. Os gays não são perseguidos, mas por enquanto eles devem aceitar as escolhas de outros senegaleses”.
(Reportagem adicional de Mark Felsenthal e Bate Felix)
Na África, Obama enaltece democracia, pede progresso nos direitos de gays
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