Por Lesley Wroughton
BANDAR SERI BEGAWAN, Brunei, 1 Jul (Reuters) – Quase todos os governos nacionais, e não só o dos Estados Unidos, usam “muitas atividades” para salvaguardar seus interesses e sua segurança, disse nesta segunda-feira o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, respondendo pela primeira vez aos relatos de que Washington teria espionado a União Europeia e outros aliados.
A UE exigiu com firmeza que os EUA se expliquem sobre a denúncia feita por uma revista alemã, e disse que, se for verdadeira, essa vigilância é “chocante”.
O jornal The Guardian disse, em artigo publicado na noite de domingo, que os Estados Unidos também tiveram como alvo aliados não-europeus, incluindo Japão, Coreia do sul e Índia – uma notícia constrangedora para Kerry, que chegou a Brunei nesta segunda-feira para uma conferência sobre a segurança na Ásia.
Kerry confirmou que a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, abordou o tema durante uma reunião que os dois mantiveram em Brunei, mas não entrou em detalhes sobre a conversa, e disse que ainda não havia visto detalhes das denúncias publicadas na imprensa europeia.
“Eu digo que cada país no mundo que está envolvido em assuntos internacionais e em segurança nacional realiza muitas atividades para proteger sua segurança nacional, e que todo tipo de informação contribui para isso. Tudo o que eu sei é que isso não é incomum para muitas nações”, disse Kerry em entrevista coletiva.
Algumas autoridades europeias disseram que a negociação de um acordo de livre comércio entre UE e EUA poderão ser suspensas até que Washington esclareça o assunto.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse a uma rádio francesa que os EUA ultrapassaram um limite.
“Sempre tive certeza de que ditaduras, alguns sistemas autoritários, tentavam escutar … mas que medidas como essas sejam agora praticadas por um aliado, por um amigo, isso é chocante, caso seja verdade”, afirmou.
Autoridade do Japão e Coreia do Sul também disseram ter pedido esclarecimentos aos EUA. Autoridades em Nova Délhi não tinham qualquer comentário imediato.
A revista Der Spiegel disse no sábado que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA grampeou órgãos da UE e teve acesso a redes de computadores internas do bloco.
No mês passado, a notícia de que a NSA espionava as comunicações digitais e telefônicas de milhões de pessoas já havia causado indignação entre políticos europeus.
No domingo, em uma reportagem complementar, a revista disse que, num mês habitual, a NSA monitora 500 milhões de telefonemas, e-mails e mensagens de texto na Alemanha, um volume de dados semelhante ao que os EUA colhem na China e no Iraque e bem mais do que a atividade de espionagem de qualquer governo europeu.
EUA minimizam denúncia sobre espionagem à UE e outros aliados
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