Por Mark Felsenthal
WASHINGTON, 5 Out (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renovou neste sábado seu apelo aos republicanos no Congresso para que eles acabem com o impasse que paralisou o governo e já dura cinco dias, e aprovem a lei sobre os gastos do governo, sem restrições.
Obama disse ainda que a paralisação está tendo um impacto “doloroso” sobre os norte-americanos comuns.
Os republicanos do Congresso dos EUA se mantiveram firmes em sua recusa de financiar e reabrir o governo, até que os democratas concordem em adiar a implementação da proposta de reforma da saúde, principal ponto de campanha de Obama, sancionada em março de 2010, também conhecida como Obamacare.
No seu programa semanal de rádio, Obama aumentou a pressão sobre os republicanos, comentando o impacto que a paralisação estava tendo em diversas pessoas que tinham deixado de ter acesso aos serviços do governo, ou foram temporariamente deslocados de seus postos de trabalho.
Kelly Mumper, uma professora de educação infantil com três filhos no serviço militar, foi uma dos 150 trabalhadores que tiveram que parar de atender 770 crianças matriculadas em uma unidade de educação infantil, no Alabama, disse o presidente.
“Estou extremamente preocupada com o bem-estar dessas crianças”, disse Obama citando o que Mumper teria escrito em uma carta para ele.
Obama contou outra história sobre Julia Pruden, uma mulher da Dakota do Norte que disse que não ia conseguir seu empréstimo para comprar uma casa pelo programa de desenvolvimento rural do Departamento de Agricultura, no caso de uma paralisação do governo.
“Estas são apenas algumas das muitas cartas comoventes que recebi nas últimas semanas –incluindo mais de 30 mil ao longo dos últimos dias”, disse. “Sei que os republicanos do Congresso estão ouvindo o mesmo tipo de histórias.”
O impasse, que começou no início do ano novo fiscal, na terça-feira, e paralisou todas as ações do governo, com exceção das essenciais, é a mais recente de uma série de impasses orçamentários entre Obama e os republicanos.
No passado, os republicanos insistiram em cortes nos gastos como moeda de troca para acordos orçamentários ou para aumentar o limite de crédito do governo. Sua posição atual visa impedir o Obamacare, que vai estender o seguro de saúde a milhões de pessoas que estão sem cobertura.
Os republicanos argumentam que a lei é uma intrusão maciça do governo, que vai fazer com que os prêmios dos seguros disparem.
Obama e seus colegas democratas prometem que não farão esse tipo de concessão em troca de um acordo para reabrir o governo. Uma reunião entre Obama e líderes do Congresso dos dois partidos na quarta-feira não conseguiu fazer com que nenhum dos lados cedesse.
Os republicanos também estão buscando concessões em troca da elevação do limite da dívida do país de 16.7 trilhões de dólares, que deverá ser alcançado no dia 17 de outubro.
Se o limite de empréstimo não for aumentado, os EUA vão ficar inadimplentes, o que autoridades e economistas dizem que traria graves consequências para os EUA e a economia global.
Obama diz que o impacto da paralisação do governo é “de partir o coração”
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Obama diz que o impacto da paralisação do governo é “de partir o coração”

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